COMO A PRATICA DO JUDO TRANSFORMOU A MINHA VIDA PARA MELHOR.
COMO A PRATICA DO JUDO TRANSFORMOU A MINHA VIDA PARA MELHOR
Aos 16 anos comecei a praticar judô na academia instalada no Recreio do Trabalhadores, para funcionários e filhos de funcionários da CSN em Volta Redonda.Era o ano da graça de 1965. No ano seguinte no Campeonato Fluminense de Judô em Volta Redonda , na categoria Pesado ( acima de 90 kg) fui Campeão Fluminense Juvenil, sendo promovido a faixa amarela, e convocado para o Campeonato Brasileiro de Judô Juvenil em Belo Horizonte , sendo promovido a faixa verde, no ano seguinte 1967 no Campeonato Fluminense Juvenil em MACAE - RJ, sagrei-me Bi Campão Fluminense de Judô, sendo convocado para o Campeonato Brasileiro de Judô em Pelotas, sendo promovido a faixa marrom. Em 1968 tornei-me Faixa Preta ( SHO DAN) aos 18 anos, participando de todos os campeonatos no Rio e São Paulo onde obtive na categoria de Pesado muitos troféus de 1º,2 º e 3 ° . Fiz muitas amizades com judocas em evidencia da época : Benedito Matos da Costa (BENY) 3º Dan, que mais tarde casaria com a minha irmã Marly; Jose Ventapane de Niterói, Jorge Nascimento de Niteroi, Jose Candido vulgo Zé Butina 2 º Dan em Volta Redonda , Osmaro Lopes de Farias o nosso querido velhão, 3º Dan em Volta Redonda , Jurndir Genestra vulgo Juju, 2 º DAN,Jose Medina a VACA pela força física e apetite, VAVA, 1° Dan, João Valério 1 º DAN hoje nos EEUU, Ulisses, o Pugilista. O meu apelido (ainda ate hoje os meus conterrâneos me chamam, é SANSÃO, pois sou ambidestro e em perfeita forma imbatível no Harai Goshi e Uchi Mata. e mortal nas imobilizações e estrangulamentos.Certa feita, estava treinando duro, para uma competição em Suzano, Estado de Sao Paulo, pela Olimpíada do Vale do Paraíba, quando Ulisses , o pugilista, acercou-se de mim e disse:Sansão, tire a parte de cima do quimono, prontamente atendi, sem entender nada, e subitamente deu-me um poderossimo soco na boca do estomago, fingi nada sentir, ato continuo, me convidou a sequi-lo ate o setor do Recreio dos Trabalhadores onde funcionava a Academia de Boxe, e, calcando-me uma luva de treino, segurando com toda a forca um saco de areia de treino, me ordenou a dar uma saraivada de socos , eu , prontamente atendi, quando nao foi o espanto do Ulisses ter sido arremessado a distancia, entre eufórico e surpreso me convidou a participar dos treinos de Boxes. Eu empolgado com a minha performance , apos os treinos de Judo, me dirigia a Academia de Boxe e participava de todo o treinamento para ser o mais novo boxeador, o chato era pular aquela cordinha com rapidez para evitara as chicotadas na cara, e, os murros que a gente levava na barriga para treinar a musculatura do abdomen. Quando acharam que estava pronto, fui, convocado a ser o mais novo oponente, ou a vitima do imbatível Quebra Ossos , um português , verdadeiro armário, que vencia todas as lutas por nocaute, o ultimo foi coitado do mudinho de alcunha Paua, que caiu duro logo no primeiro round, pois e, eu , serio a próximo desafiante na próxima segunda feira, era , o dia de luta de boxe , mas , ao contantarem que eu tinha ainda 17 anos, o juizado de menores, acertadamente não permitiu a minha luta, para minha decepção e tristeza , minha e do Ulisses , que achavamos que com certeza com o meu Up de esquerda e cruzado direita, faria aquele Vinkig, beijar a lona logo no primeiro assalto, eu, nao estava percebendo como o meu anjo de guarda estava me protegendo. Ah jovens se acham indestrutíveis, e, importante lembrar que naquela epoca nao havia ainda aquela área de demarcação nos tatames, nos judocas daquela epoca sai na porrada ate depois que o tatame acabava, como numa competicao em Rezende, contra , a equipe da Aman, (Exercito Brasileiro ) foi a primeira vez na minha que eu apaguei, perdi realmente os sentidos , refeito , voltei para o tatame e dei-lhe o troco, porem dentro da tecnica e da legalidade , que ao cair de Ippon fora do tatame, la ficou estatelado , desmaiado sem condições de continuar a luta, pois foi um Ippon legitimo, acho que depois disso a Federacao Brasileira de Judo , comecou a pensar seriamente na area de demarcacao de lutos, sao ossos do oficio. Ao pedir demissão da CSN, estava lotado como Auxiliar de Escritório na LCV , Linha de Compra e Vendas no terceiro andar do Escritório Central matricula 18.044, para fazer medicina em Portugal na Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade do Porto em Portugal. Aos 19 anos em 1969 na cidade do Porto em Portugal onde estava iniciando os meus estudos em Medicina, ao procurar local para treinar no Centro Desportivo Universitário do Porto, soube que o professor de judô um japonês 5 º Dan havia voltado para o Japão, e não havia mais aula, passando a ser o mais novo professor de Judô , onde dei aulas de l969 a 1975 quando me formei e retornei ao Brasil, as aulas no Centro Desportivo do Porto eram as 2ª , 4 ª e 6ª na Rua da Hora, fui também professor de Natação substituto e em 1970 fui convidado a dar aulas num Tatame instalado no prédio dos Bombeiros Voluntários de Estarreja, as 3 ª e 5 ª feiras, para adultos e crianças quando foi a melhor experiência e inesquecível de dar aulas para crianças . Em janeiro de 1976 regressei ao Brasil como medico formado iniciando minha vida profissional como Medico Residente em Clinica Medica no Hospital da CSN. Em Janeiro de 1977 mudei-me para o Rio de Janeiro, pois havia passado no concurso de Residência médica em Neurocirurgia, no Hospital Geral do Andarai, e, portanto perdi contato com a nossa querida cidade Volta Redonda. Tornei-me amigo do professor Petrucio Monteiro, 1 ° DAN que era o professor de Judo da Escola de Educação Física em Volta Redonda , e do professor Nivaldo Pereira 6 º DAN cuja Academia freqüento ate hoje como SHO DAN master. Fui professor de Judô no Tijuca Tênis Clube , em 1984 a 1986, quando , me afastei da função de professor de judô, ficando somente como judoca , veterano ou máster, registrado na Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro n° 120563.
PAULO ROBERTO SILVEIRA
Enviado por PAULO ROBERTO SILVEIRA em 31/07/2010
Alterado em 02/08/2010 Copyright © 2010. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |