DR. PAULO ROBERTO SILVEIRA

VIVO DE AJUDAR AS PESSOAS  A AMENIZAREM  OS SOFRIMENTOS  DO CORPO E DA ALMA.

Textos

COLETANEAS DE MEDICINA ORTOMOLECULAR O QUE SE DIZ A RESPEITO PARTE I
COLETANEAS DE MEDICINA ORTOMOLECULAR O QUE SE DIZ A RESPEITO
Medicina Ortomolecular é o ramo da ciência cujo objetivo primordial é restabelecer o equilíbrio químico do organismo. Este acerto (orto=certo) das moléculas se dá através do uso de substâncias e elementos naturais, sejam vitaminas, minerais, e/ou aminoácidos. Estes elementos,além de proporcionarem um reequilíbrio bioquímico, combatem os radicais livres. Mas por que o organismo se desequilibra? Para entendermos como isto se dá, podemos partir de uma analogia. O organismo é uma máquina que está permanentemente se produzindo. Durante este processo de produção podem surgir falhas, seja na chegada de matéria-prima (vitaminas, minerais, etc.), seja na própria integração de todo e qualquer sistema que compõe a máquina.Estes sistemas devem trabalhar de forma harmoniosa, como uma engrenagem. Estas engrenagens são os sistemas : NEUROENDÓCRINO, PSÍQUICO E IMUNE. Qualquer falha em algum ponto ou mecanismo desta máquina (ser humano) compromete toda a produção (vida), surgindo os defeitos (doença). Por exemplo: uma pessoa deprimida tem mais chances de apresentar infecções recorrentes, já que uma falha no sistema psíquico leva conseqüentemente a alterações no sistema imune. Outro fator importante na gênese de várias enfermidades, como artrite e câncer, é a formação de radicais livres. Podemos entendê-los da seguinte forma: o organismo utiliza cerca de 98 a 99% do oxigênio que consumimos para produzir energia. A pequena parcela que sobra (1 a 2%) não participa do processo, formando as espécies tóxicas reativas do oxigênio - os radicais livres. Estes correspondem a átomos ou grupos de átomos com um elétron não emparelhado em sua órbita mais externa, sendo, portanto, muito reativos pois para recuperar o equilíbrio precisam 'doar' o elétron desemparelhado. Desta forma, combinam avidamente com as várias estruturas celulares do corpo, o que resulta em destruição e, conseqüentemente, em enfermidades. Entre estas podem ser citadas o câncer, osteoartrite, lúpus, enfisema e doenças cardio vasculares. O Homem está sendo permanentemente submetido a condições que levam ao excesso de radicais livres como, por exemplo, o estresse, o fumo, a poluição, exposições prolongadas ao sol, entre outras. A Medicina Ortomolecular, através do uso de vitaminas e minerais, objetiva, entre outros, neutralizar os efeitos tóxicos destas espécies reativas, proporcionando uma melhor qualidade de vida. A Medicina Ortomolecular também trata das deficiências de uma série de nutrientes. Sabe-se, por exemplo, que um fumante gasta 25 mg de vitamina C a cada cigarro que consome. Caso esta pessoa fume um maço por dia, estará perdendo 500 mg desta vitamina diariamente. E, hoje em dia, sabemos os inúmeros benefícios que esta vitamina proporciona, seja no combate a radicais livres, na síntese de hormônios, ou mesmo estimulando o sistema imunológico. Todavia, apesar da medicina ortomolecular ter um sentido curativo, ela também é eminentemente preventiva. Assim, p. ex.,é possível tratar uma pessoa com estresse antes que ele evolua para uma hipertensão arterial. Da mesma forma, é possível tratar obesidade antes que ela ocasione diabetes. O mais importante é que com a Medicina Ortomolecular o paciente volta a ser encarado como um todo, um conjunto que deve funcionar em harmonia. Com esta visão global, qualquer tratamento torna-se muito mais vantajoso, pois encontra a origem dos problemas, a verdadeira raiz a partir da qual todo o processo patológico se desenvolve. Ou ,ainda, voltando à analogia, se encontrarmos o defeito exatamente onde ele origina-se na máquina, é muito mais fácil consertá-la antes que o problema atinja toda a produção, que nada mais é do que a própria vida.
• Teoricamente, a Medicina Ortomolecular (MO) se preocupa em corrigir qualquer desequilíbrio na constituição molecular do indivíduo, principalmente porque a maioria das patologias vêm acompanhada por alterações da composição bioquímica do organismo. Isto significa que uma correção, principalmente nutricional, provocaria um restabelecimento da homeostase (equilíbrio) interna. Portanto, a MO é usada tanto para prevenir como para tratar doenças.

Como Atua:
A MO atua no indivíduo através de quatro vias :
• Repondo uma substância que esteja em falta no organismo. Ex: Na pelagra usa-se vitamina B3.
• Fazendo a eliminação ou inibição da absorção de uma substância tóxica no organismo. Ex: quelação pelo EDTA.
• Aumentando a concentração de uma substância que mesmo estando com seus níveis normais, tem um efeito farmacológico quando em concentraçòes mais altas. Ex: utilização de vitamina C na gripe.
• Combatendo o excesso de radicais livres (RL) responsáveis por uma série de patologias identificadas pela MO .

As matérias-primas utilizadas como medicação são, na maioria das vezes, substâncias que existem normalmente no organismo : Vitaminas, Sais minerais, Aminoácidos, Lipídios, Hormônios, Antioxidantes etc.
Em algumas ocasiões a MO lança mão de agentes terapêuticos provenientes de alimentos comuns por meio de um aconselhamento nutricional em que chamamos de Alimentação Funcional.
Tudo isso faz com que a Medicina Ortomolecular seja uma medicina natural com uma característica até agora inédita nesta área: o suporte dos conhecimentos mais recentes da medicina moderna.
Portanto, a Medicina Ortomolecular é uma especialidade médica que procura restabelecer o equilíbrio molecular do organismo.
Radical Livre: (RL)
É toda molécula que apresente um número impar de elétrons na sua órbita externa, ou seja, um elétron desemparelhado naquela posição.
Esta instabilidade estrutural faz com que essas moléculas tentem desesperadamente roubar um elétron de qualquer outra substância a fim de se estabilizar. Com a perda desse elétron cria-se um novo RL, que irá deflagrar uma reação em cadeia, lesando seriamente várias estruturas celulares.
Em 1900 descobriu-se o primeiro radical livre. Em 50 anos se conheceu toda a sua química e em 1954 pela primeira vez relacionou-se estas substâncias reativas e tóxicas a uma doença inexorável: o envelhecimento. Hoje, acredita-se que esses elementos, com elétron não pareado na camada de valência, sejam os responsáveis, pelo menos em parte, por elevado número de doenças, abrangendo vários orgãos e sistemas.
De todo o oxigênio disponível pela célula, 95% se transforma em energia, utilizada para fabricar substâncias vitais e mantê-la funcionante e viva. Os 5% restantes são transformados no metabolismo em radicais livres de oxigênio ou como melhor chamados de espécies reativas tóxicas de oxigênio: radical superóxido, peróxido de hidrogênio e radical hidroxila.
Esses elementos são gerados no organismo desde o momento da concepção logo nos primeiros segundos de vida intrauterina e a sua produção é contínua durante toda a nossa existência. Até os 40/45 anos o organismo consegue neutralizar esses 5% excedentes de radicais livres.
Chega o dia que a produção de RL excede a sua degradação e sobrepuja os mecanismos de defesa naturais anti-radical e de reparo celular e tem-se o início das alterações estruturais de proteínas, lipídeos, ácidos nucléicos e carboidratos, as quais culminam na lesão celular.
Assim sendo, ocorre gradativamente, lesão de célula a célula, tecido a tecido, orgão a orgão, até chegarmos à instalação de doenças. Um dos mecanismos mais frequentes de lesão celular ocorre em nível de membrana no fenômeno conhecido como peroxidação lipídica.
Está ficando cada vez mais difícil administrar os radicais livres e uma das razões é a crescente exposição do organismo à metais tóxicos como o chumbo, o mercúrio, o cádmio, o alumínio, o níquel, etc, e à metais, considerados não tóxicos dependendo da sua concentração no organismo, como por exemplo, o ferro. Todos esses metais, particularmente o ferro, atuam como catalisadores, aumentando a geração dos radicais livres de oxigênio na reação chamada de Waber-Weiss.
Outra dificuldade para a degradação dos radicais está no problema com a nutrição, pois os mecanismos de defesa anti-radical, tanto os enzimáticos quanto os não enzimáticos dependem do aporte adequado de nutrientes.A medicina ortomolecular avalia esses pacientes, desvenda os deficits de nutrientes, por exemplo, com o emprego de tabelas de inquérito de sinais e sintomas ou através de inquérito alimentar e dos mineralogramas. Com isso, calculamos as doses ótimas para esse indivíduo em particular, com determinada doença, idade, estado nutricional, moléstias associadas, etc. Administramos o que está faltando ou fazemos a sua quelação (depuração do agressor através da ligação do mesmo com um outro elemento específico).
Resumindo, se nós oferecemos às células os elementos necessários ao seu metabolismo, ela terá condições de produzir energia, fabricar substâncias vitais, degradar os radicais livres, agir nos mecanismos de reparo celular e de vigilância imunológica.
Se concomitantemente empregarmos as técnicas e os medicamentos específicos de cada especialidade, estaremos aumentando as probabilidades de êxito clínico ou cirúrgico, isto é, estaremos aumentando as chances de sucesso terapêutico (medicina curativa) . Se porventura o indivíduo que está sendo submetido a esse tipo de abordagem for saudável, estaremos aumentando a sua probabilidade de assim se manter (medicina preventiva ) .
Estresse Oxidativo:
Em determinadas situações adversas, a concentração de RL aumenta de forma descontrolada, provocando diversos tipos de lesões, que atualmente são incontestavelmente relacionadas com a gênese de várias doenças. A essas situações deu-se o nome de ESTRESSE OXIDATIVO.
Esse tipo de estresse provém de diversos processos orgânicos e é precipitado por vários fatores exógenos (do exterior):
• Estresse químico – poluição atmosférica, alimentação inadequada, pesticidas etc.
• Estresse emocional – depressão, medo, traição, frustração etc.
• Estresse físico – trabalho braçal, excesso de exercícios, queimaduras, radioatividade etc.
• Estresse infeccioso – doenças virais, bacterianas, fúngicas etc.
Em resumo: no estresse oxidativo, o aumento de RL modifica os meios intra e extracelulares, provocando lesões múltiplas em diversas estruturas e disfunção do sistema imunológico.
Para combater tal desequilíbrio, podemos ter três condutas objetivas:
• Diminuir o estresse primário.
• Administrar ou estimular a produção de enzimas antioxidantes (Glutation, Selênio, etc).


Antioxidantes:
São substâncias que combatem os radicais livres, diminuindo o seu poder de reação química. Alguns deles são vitaminas (A, C e E), outros são enzimas (proteínas que aceleram reações químicas) e os demais são substâncias raras no organismo como o selênio e o zinco.
O organismo humano não produz vitaminas, portanto, elas têm que ser obtidas pela dieta. Já conhecemos a quantidade mínima de vitaminas necessárias na dieta porém, a dose ideal, que tem efeito antioxidante, ainda não foi determinada com precisão.
Os Radicais Livres estão envolvidos na causa ou agravamento de alguns males:
• Envelhecimento das células
• Doença de Parkinson
• Mal de Alzheimer e outras demências
• Câncer
• Derrames cerebrais
• AIDS
• Endometriose
• Catarata
• Aterosclerose
• Lupus eritematoso
• Esclerose multipla
• Diabetes
• Alergias
• Depressão
• Esquizofrenia
• Tensão pré-menstrual.
• E muitas outras...
Por se tratar de medicação praticamente natural, o tratamento ortomolecular não apresenta nenhum tipo de contra-indicação sendo portanto, indicado em todas as doenças .
A medicina ortomolecular, medicina dos novos tempos, surgiu para congregar médicos de todas as especialidades, utilizar todos os recursos disponíveis para alcançar o objetivo maior: A PREVENÇÃO DAS DOENÇAS.
A medicina ortomolecular se preocupa ainda com o tratamento de doenças já instaladas e o seu emprego certamente aumentará a eficácia dos tratamentos clássicos. Entretanto, o que mais nos preocupa e que consome a maior parte da nossa energia e do nosso tempo diz respeito à PREVENÇÃO.
Queremos um povo saudável, morrendo sem a presença de limitações físicas ou intelectuais. Queremos envelhecer e morrer com saúde em toda a nossa plenitude física e mental. Queremos qualidade de vida, a quantidade fica na nossa esperança.
• nistrar antioxidantes não enzimáticos (Vitamina E, Caroteno etc).
Antioxidantes:
São substâncias que combatem os radicais livres, diminuindo o seu poder de reação química. Alguns deles são vitaminas (A, C e E), outros são enzimas (proteínas que aceleram reações químicas) e os demais são substâncias raras no organismo como o selênio e o zinco.
O organismo humano não produz vitaminas, portanto, elas têm que ser obtidas pela dieta. Já conhecemos a quantidade mínima de vitaminas necessárias na dieta porém, a dose ideal, que tem efeito antioxidante, ainda não foi determinada com precisão.
Os Radicais Livres estão envolvidos na causa ou agravamento de alguns males:
• Envelhecimento das células
• Doença de Parkinson
• Mal de Alzheimer e outras demências
• Câncer
• Derrames cerebrais
• AIDS
• Endometriose
• Catarata
• Aterosclerose
• Lupus eritematoso
• Esclerose multipla
• Diabetes
• Alergias
• Depressão
• Esquizofrenia
• Tensão pré-menstrual.
• E muitas outras...
Por se tratar de medicação praticamente natural, o tratamento ortomolecular não apresenta nenhum tipo de contra-indicação sendo portanto, indicado em todas as doenças .
A medicina ortomolecular, medicina dos novos tempos, surgiu para congregar médicos de todas as especialidades, utilizar todos os recursos disponíveis para alcançar o objetivo maior: A PREVENÇÃO DAS DOENÇAS.
A medicina ortomolecular se preocupa ainda com o tratamento de doenças já instaladas e o seu emprego certamente aumentará a eficácia dos tratamentos clássicos. Entretanto, o que mais nos preocupa e que consome a maior parte da nossa energia e do nosso tempo diz respeito à PREVENÇÃO.
Queremos um povo saudável, morrendo sem a presença de limitações físicas ou intelectuais. Queremos envelhecer e morrer com saúde em toda a nossa plenitude física e mental. Queremos qualidade de vida, a quantidade fica na nossa esperança.








                  Stress Oxidativo
Introdução e objectivo. Existe um aumento do stress oxidativo durante o envelhecimento e em doenças neurodegenerativas associadas a este. O sistema nervoso central é particularmente sensível à lesão oxidativa devido às suas elevadas necessidades energéticas, grande consumo de oxigénio, grande concentração tissular de ferro e níveis relativamente baixos de alguns sistemas antioxidantes. O tratamento com factores neurotróficos pode reverter a deterioração neuronal e estimular a actividade colinérgica em ratos envelhecidos e exerce um efeito neuroprotector semelhante perante a lesão por isquémia-reperfusão, hipoglicémia, inflamação e outras situações patológicas nas que intervem o stress oxidativo. Neste trabalho determinaram-se alguns indicadores de stress oxidativo no cérebro de ratos durante o envelhecimento e avaliaram-se os mesmos em resposta a um esquema de tratamento com factor de crescimento nervoso (FCN) murino durante 38 dias. Material e métodos. Utilizaram-se técnicas bioquímicas para a determinação dos indicadores de stress oxidativo. Resultados e conclusões. Encontrou-se um aumento significativo nas actividades da fosfolipase A2 e da superóxido dismutase e na concentração de lipoperóxidos com a idade, enquanto que a concentração de glutatião reduzido diminuiu. A actividade da catalase aumentou nas regiões do hipocampo e no estriado e diminuiu no córtex e na área septal. Nos ratos tratados com FCN diminuiu o stress oxidativo. Os nossos resultados permitem-nos concluir que o nível de stress oxidativo aumenta durante o envelhecimento, com diferenças significativas entre as áreas cerebrais; o hipocampo foi a região mais susceptível à lesão pelas espécies reactivas do oxigénio e o efeito protector do FCN poderia estar relacionada com a potenciação das defesas antioxidantes

Inibição da acetilcolinesterase

* Chistiane Mendes Feitosa
Na literatura científica é crescente a busca de novos inibidores da acetilcolinesterase, em extratos de plantas, envolvendo principalmente plantas já utilizadas na medicina tradicional no tratamento da insônia, amnésia, depressão, ansiedade ou para prolongar a longevidade, melhorar a memória e a função cognitiva.
Algumas plantas como Centella asiática e Ginko biloba, utilizadas na medicina tradicional indiana e chinesa, demonstraram em estudos de atividades farmacológicas, resultados relevantes no tratamento de desordens cognitivas, ações anticolinesterásica, antiinflamatória e antioxidante, sendo por isso indicadas para uso terapêutico no tratamento da doença de Alzheimer.
A doença de Alzheimer é uma patologia neurodegenerativa, que atinge inicialmente a memória e a capacidade de raciocínio. Este mal atinge pessoas de todo o mundo, e de acordo com a Organização Mundial de Saúde cerca de 35 milhões de pessoas em países industrializados sofrerão de Alzheimer até o ano de 2010.
Vários estudos têm demonstrado que o uso de compostos antiinflamatórios diminui a progressão da doença de Alzheimer e a degeneração neuronal ou reduzem o risco do seu desenvolvimento. Estudos em animais têm mostrado que o acúmulo de radicais livres está relacionado com déficits de memória, cognição e aprendizado, durante o processo de envelhecimento.
Quando moléculas são oxidadas através de oxigênio, este é reduzido a intermediários conhecidos como espécies reativas ou radicais livres. Para combater efeitos tóxicos do oxigênio, os seres vivos desenvolvem mecanismos de defesa através dos antioxidantes, que podem atuar de várias formas: por remoção catalítica de radicais livres; por remoção ou diminuição na concentração de oxigênio ou através da uma neutralização completa do radical livre.
O stress oxidativo constitui no desequilíbrio entre as defesas antioxidantes e os radicais livres. O stress oxidativo está associado a doenças como diabetes, hipertensão, arteriosclerose, artrite, doença de Parkinson, doenças neurodegenerativas, infertilidade e câncer
Pesquisas demonstram que o tratamento a base de antioxidantes como o tocoferol, b-caroteno e ácido ascórbico corrigem a memória, o aprendizado e a cognição provocados por envelhecimento ou moléstias. A peroxidação lipídica contribui para a progressão da doença e o uso de antioxidantes, que impede essa peroxidação pode ser uma terapia alternativa para o tratamento da doença
Alguns compostos com atividade inibitória da acetilcolinesterase são utilizados terapeuticamente para tratar miastenia grave, glaucoma e são extensivamente utilizados como inseticidas. Acredita-se que a inibição da enzima acetilcolinesterase, promova o aumento da concentração da acetilcolina, na sinapse, diminuindo ou retardando a progressão dos sintomas associados à doença Alzheimer.
Algumas pesquisas apontam drogas provenientes de produtos naturais como sendo possíveis inibidores da acetilcolinesterase, eficazes no tratamento da doença de Alzheimer, entre elas é citado a galantamina, um alcalóide isolado de plantas da família Amarilidaceae, que é um inibidor, já aprovado para o tratamento da doença. Outros inibidores comercializados apresentam efeitos colaterais indesejáveis. Portanto, é de grande importância, a busca de novos inibidores que apresentem poucos efeitos colaterais
Em recente trabalho de pesquisa conduzido durante o doutoramento, foram coletadas plantas no Horto de Plantas Medicinais Francisco José de Abreu Matos localizado em Fortaleza-CE, preparados os extratos e realizados ensaios de inibição da acetilcolinesterase. As espécies Kalanchoe brasiliensis e Senna siamea apresentaram resultados satisfatórios sendo selecionadas como espécies promissoras para busca de novos inibidores.
A metodologia utilizada durante o doutoramento permite aplicação com as plantas tipicamente piauiense para avaliar preliminarmente o potencial terapêutico do extrato frente a inibição de acetilcolinesterase. É claro que a pesquisa química não se esgota neste ponto pois é importante descobrir qual ou quais substâncias são responsáveis pelas propriedades exibidas pelos extratos para isolá-las e identificá-las.










Terapia Ortomolecular
Mitos e Verdades

Terapia Ortomolecular é o ramo da ciência cujo objetivo primordial é restabelecer o equilíbrio químico do organismo. O acerto (orto=certo) das moléculas se dá através do uso de substâncias e elementos naturais, sejam vitaminas, minerais, e/ou aminoácidos. Estes elementos, além de proporcionarem um reequilíbrio bioquímico, combatem os radicais livres. A terapia Ortomolecular, através do uso de vitaminas e minerais, objetiva neutralizar os efeitos tóxicos destas espécies reativas, proporcionando uma melhor qualidade de vida.

Mas, muitos profissionais da medicina convencional vêem a terapia Ortomolecular com maus olhos por conta de ações bastante contraditórias em seu nome. Alguns itens foram pontuados e o Dr. Júlio Horta – reumatologista, geriatra, especializado em medicina preventiva e que participa de estudos da terapia Ortomolecular há mais de 15 anos – nos fala sobre as controvérsias, os pontos positivos e negativos, os mitos e as verdades que vêm à tona quando o assunto é terapia Ortomolecular.

A terapia Ortomolecular
O termo Ortomolecular foi crido por Linus Pauling, famoso cientista americano, o único ser humano a ganhar o Prêmio Nobel duas vezes, sendo o primeiro de Química e o segundo da Paz. A terapia Ortomulecular é baseada numa das teorias que envolvem o processo de envelhecimento – a teoria dos radicais livres. Quanto mais estresse oxidativo – quando os radicais livres aumentam muito nossa capacidade de defesa – pior pra célula, mais rapidamente iremos envelhecer. Baseado nessa teoria, surgiu a terapia Ortomolecular, para melhorar nossas defesas antioxidantes a partir de estudos das enzimas que nos protegem contra a oxidação.

Benefícios
Dentro da nossa célula, temos enzimas chamadas de antioxidantes, que tentam inibir a agressão dessa oxidação, diminuindo o estresse oxidativo, para que envelheçamos de maneira mais saudável. Quando diminui o nível de estresse oxidativo, teoricamente, a pessoa envelhece mais devagar e com o mínimo de surgimento das doenças. Existem várias evidências que comprovam a atuação benéfica dos antioxidantes, protegendo e promovendo a saúde, mas não dá pra atuar sozinho.

Uso
A terapia Ortomolecular é eminentemente preventiva e complementar, deve estar aliada à medicina convencional. Ainda não existe um exame que garanta que a pessoa está com estresse antioxidativo e que defina sua quantidade. O profissional pede os exames laboratorias tradicionais ao paciente e faz um levantamento bioquímico e nutricional bem feito. A partir do histórico do paciente, o profissional cuida da sua doença e pode criar uma estratégia antioxidante, aliando a terapia Ortomolecular com a medicina convencional.

Não faz milagre!
Ao longo do tempo, em nome da Ortomolecular, que é uma terapia natural, surgiram vertentes não muito ortodoxas preconizando o anti-envelhecimento ou o rejuvenescimento; só que isso não existe! Não se deixa de envelhecer ou se volta a ser jovem. No intuito mercantilista, de se ganhar dinheiro, houve uma deturpação e foram criadas linhas sem bases científicas. Tudo com o título de Ortomolecular. É por isso, então, que a Ortomolecular é muito criticada pela medicina convencional. É lógico que a medicina convencional não é a dona da verdade, mas é baseada em evidências científicas com muitos e muitos anos de experiências.

Bom senso!
Profissionais passaram a explorar a Ortomolecular por estar ‘dando dinheiro’. Só que não estão se preparando devidamente para atuar na área. A pessoa acha que fazendo um curso rápido já está preparada e passa a receitar os nutrientes sem distinção. Não é bem assim! A Ortomolecular pode e deve ser usada nas mais variadas especialidades, mas tem de haver bom senso. O profissional especializado em determinada área deve continuar atuando na sua área e utilizar a Ortomolecular para complementar. Tem de fazer o diagnóstico, tratar a pessoa de modo convencional e, juntamente, usar os princípios dessa terapia complementar. Acredito que a Ortomolecular, como terapia complementar, pode ajudar bastante. Mas para se atuar na área, o profissonal tem de ter um conhecimento muito grande de bioquímica e nutrição. Por exemplo, se um antioxidante for usado sozinho em um paciente pode prejudicar ao invés de ajudar. É complicado, precisa de muito estudo.

Sem fundamento científico...
Existe um exame – o exame da gota – chamado de HLD, que foi deturpado desde o seu início. Em nome da Ortomolecular, profissionais utilizam este exame em substituição aos exames bioquímicos tradicionais. No consultório, o profissional analisa o sangue do paciente no microscópio, com imagem numa tela. O sangue coagula e várias formas aparecem. Supostamente, através do estudo das hemácias coaguladas, o profissional conclui que o paciente está com falta de alguns nutrientes e receita uma lista de vitaminas a serem consumidas para o tratamento. Isso não está correto, não é terapia Ortomolecular. Não foi pra isso que a Ortomolecular foi idealizada. Esse exame não tem fundamento científico nenhum. Como pode substituir um perfil bioquímido feito em um Laboratório confiável com a análise de uma gota de sangue? Sou totalmente contra!

Deixa a desejar...
Outro exame bastante controvertido na Ortomolecular é o exame do cabelo, chamado de mineralograma. Ele dosa minerais bons e ruins presentes no organismo através de material de células em crescimento – fio de cabelo, unha ou pêlo pubiano. É colhido o material e enviado ao laboratório. Por dosar a quantidade de minerais prejudiciais à saúde, é um exame muito importante para aplicar em populações instaladas em regiões de suspeita de contaminações, mas também detecta os minerais bons presentes no organismo e se a pessoa tem carência de algum deles. O exame é bastante confiável, feito em laboratórios confiáveis, só que tem de ser pedido com critério e por profissionais preparados para interpretá-lo, pois sua interpretação não é muito fácil. Além disso, deve ser usado como complemento no diagnóstico. É muito interessante detectar qual a carência de minerais do organismo, mas é preciso uma avaliação do paciente como um todo, com exames laboratoriais, hormonais, bioquímicos e com sua história familiar.

Não existe uma dieta Ortomolecular!
Sabemos que existem substâncias nos alimentos funcionais que contém elementos altamente antioxidantes, mas receitar somente a sua ingestão ao paciente como tratamento, não resolve o problema. Existem dietas equilibradas, balanceadas, que podem dar à pessoa um aumento de antioxidantes através dos nutrientes e a terapia pode até ser aplicada para combater a obesidade, mas, para cada pessoa há um tratamento específico. A idéia de emagrecer só com uso de vitaminas é um insulto ao bom senso. Mas muitos profissionais dão fórmulas pra emagrecer em nome da Ortomolecular. Algumas práticas de emagrecimento, de rejuvenescimento, têm de ser vistas com olhar mais crítico.

Sem radicalizar!
Mas também não pode considerar a Ortomolecular charlatanismo e pronto, acabou!! Não é assim. Cada vez mais está se provando que o estresse oxidativo faz parte de todas as doenças e dos processos de envelhecimento do ser humano. Tem de estudar o estresse oxidativo e saber a real dimensão dele para intervir e tentar minimizar o efeito das doenças através de uma estratégia antioxidante preventiva, antes que a doença se instale, para talvez retardar o seu aparecimento.

Terapia de vanguarda!
A Ortomolecular é uma terapia de vanguarda! O seu uso foi muito criticado pela medicina convencional, mas, hoje, o uso desses alimentos funcionais já está encorporado no dia a dia do médico. Dois exemplos da vanguarda:
- Há anos, para combater a artrose e tentar diminuir o desgaste de cartilagem, pessoas sérias que lidam na Ortomolecular passaram a usar com sucesso uma substância natural, derivada da cartilagem, chamada glucosamina. Mas foi renegada ao segundo plano pela medicina tradicional. Só que tiveram de se render aos seus benefícios e hoje em dia se usa a glucosamina como complemento no tratamento de artrose em todo consultório médico, convencional ou não.
- A isoflavona da soja – hormônio natural – passou a ser usada na medicina complementar há mais de dez anos para reposição hormonal feminina.

Medicina Ortomolecular

O que é a Dieta ou Terapia Ortomolecular?
O termo ORTOMOLECULAR vem do grego ORTHOS que significa normal, direito, correto, e a denominação Medicina Ortomolecular foi proposta por LINUS PAULING, (Prêmio Nobel de Química em 1954 e da Paz em 1962), conhecido mundialmente por seus trabalhos e pela ênfase com que recomenda o uso diário de vitaminas (principalmente a vitamina C) e minerais.
O objetivo da Terapia (Medicina) Ortomolecular é compreender as inter-relações que ocorrem ao nível bioquímico do organismo e assim poder atuar em conformidade com esses próprios mecanismos, harmonizando de maneira global a bioquímica de células, órgãos e sistemas. O reequilíbrio é feito por meio da correção dos mecanismos moleculares fisiológicos (normais), suprindo o organismo com os elementos adequados para essa reordenação, cabendo o papel principal às vitaminas e aos minerais.
Segundo os conceitos da terapia, reeducação alimentar não é suficiente, pois nem sempre o paciente consegue absorver todas as substâncias presentes nos alimentos. “Existem pessoas que não conseguem absorver o cálcio do leite e do queijo, por exemplo. Nesses casos, é preciso buscar outra fonte da substância”, acredita o médico Dr. Marcos Natividade, membro da Sociedade Brasileira de Medicina Biomolecular e Radicais Livres.
Histórico
A Terapia ortomolecular data do início da década de 1950 quando alguns psiquiatras começaram a adicionar doses altas de nutrientes aos seus tratamentos de problemas mentais graves. A substância original era a vitamina B3 (ácido nicotínico ou nicotinamida) e a terapia era denominada "terapia de megavitamina". Mais tarde o regime do tratamento foi expandido para incluir outras vitaminas, minerais, hormônios e dietas, qualquer uma delas pode ser combinada com a terapia medicamentosa convencional e com os tratamentos de eletrochoque. Atualmente cerca de uma centena de médicos norte-americanos usam esta abordagem para tratar uma variedade de distúrbios, tanto mentais como físico
Em que se baseia?
Uma das bases da Terapia Ortomolecular é o combate aos radicais livres (RL), que são quaisquer átomos, moléculas ou íons que possuam um ou mais elétrons livres na sua órbita externa. Estes elétrons têm grande instabilidade química e, mesmo tendo meia vida de frações de segundos, são altamente reativos com qualquer composto próximo, a fim de retirar deste o elétron necessário para sua estabilização, produzindo reações de dano celular em cadeia, e sendo assim chamado de oxidantes.
Embora existam os RL de íons metálicos e de carbono, os principais são os de OXIGÊNIO.
Podemos entender a formação de Radicais Livres pelo nosso organismo em condições normais, pois são necessários no processo de respiração celular que ocorre nas mitocôndrias, a fim de gerar o ATP. Estes também podem ser produzidos pelos macrófagos e neutrófilos contra bactérias e fungos invasores do nosso organismo.
O efeito prejudicial dos RL ocorre quando estão em quantidade excessiva, ultrapassando a capacidade de neutralização dos sistemas enzimáticos do organismo.
Como são neutralizados os RL?
Existem dois sistemas naturais de eliminação de Radicais Livres, que são os chamados “Varredores” (scavengers) de RL, que atuam eliminando-os ou então impedindo sua transformação em produtos mais tóxicos. Esses sistemas podem ser divididos em Enzimáticos e em Não Enzimáticos.
Os sistemas enzimáticos são compostos pelas seguintes enzimas: Glutation-Peroxidase, Catalase, Metionina-Redutase e Superóxido-Dismutase, os quais combatem os seguintes RL: Peróxido de Hidrogênio, Superóxido, Oxigênio Singlet, Ion Hidroxila, Oxido Nítrico e Oxido Nitroso.
Os Antioxidantes Não Enzimáticos, em sua maioria são exógenos, ou seja, necessitam ser absorvidos pela alimentação diária, ou como complementos nutricionais. Os principais podem ser divididos em: Vitamina A, Vitamina E, Beta-caroteno, Vitamina C, Vitaminas do complexo B, os oligoelementos (Zinco, Cobre, Selênio, Magnésio), os bioflavonóides (derivados de plantas).
Terapia Ortomolecular
Investigar deficiências nutricionais do organismo, assim como detectar a presença de metais tóxicos no corpo (que podem ser a causa de determinadas doenças), é o início da terapia ortomolecular. Isto pode ser feito através do Teste do Cabelo (também chamado Mineralograma), que além disso, identifica se há excesso ou carência dos oligoelementos (minerais).
A dosagem de RL pode ser feita por meio de métodos baseados na espectometria de ressonância eletrônica de “spin” e ressonância paramagnética eletrônica, dosagem de MDA (malondialdeído), e métodos indiretos como o HLB, pelo qual numa gota de sangue verifica-se, com auxílio de um microscópio o efeito dos radicais livres na matriz extracelular (agregados proteoglicanos, colágeno, elastina, fibrina), fragmentando-a e produzindo lacunas que serão maiores quanto maior for a quantidade de RL presente.
Os benefícios atribuídos à terapia pelos médicos e adeptos incluem a perda de peso, melhora da pele, dos cabelos e das unhas e ainda as vantagens com relação às dietas de caráter restritivo, que geralmente causam sensações de fome, fraqueza ou irritabilidade. Isso porque muitas vezes associa-se o uso de remédios fitoterápicos na receita. Há fórmulas para aumentar a saciedade ou diminuir o desejo por tipos de alimentos. “O composto garcínia, por exemplo, ajuda a reduzir a compulsão por doces”, garante a médica Sylvana Braga, de São Paulo, que emprega o tratamento.
Como a dieta ortomolecular atua no organismo? (Segundo os médicos que a adotam)
• A pele fica viçosa, cabelo e unhas mais fortes. O benefício é atribuído às vitaminas A,E e do complexo B.
• Ajuda a prevenir problemas cardíacos ao restringir a ingestão de carne vermelha, rica em gorduras saturadas e também ao restringir frituras, que aumentam o nível de colesterol sanguíneo.
• O intestino funciona melhor porque a dieta é rica em cereais integrais, frutas e fibras.
• Promove perda de peso devido às refeições pouco calóricas, mas ricas em nutrientes essenciais para o organismo.
• Promove diminuição do cansaço e do estresse por meio da reposição de vitaminas, minerais e aminoácidos.
• Combate o envelhecimento precoce devido ao consumo de alimentos ricos em antioxidantes, substâncias que atuam contra a degeneração celular.
• Alivia a retenção de líquidos ao equilibrar a quantidade de potássio, fósforo e sódio com refeições balanceadas e o consumo de pílulas contendo esses minerais.
A dieta ortomolecular não é milagrosa
Como em qualquer dieta, é preciso disciplina e dedicação. “Os resultados são muito bons, mas dependem muito da pessoa. Não é um tratamento milagroso, o paciente ideal é aquele que já se alimenta adequadamente, pratica exercícios físicos, mas não consegue emagrecer”, acredita Dr. Marcos Natividade.
A perda de peso acontece graças à reeducação alimentar e ao equilíbrio nutricional promovido pelos suplementos. “Esse equilíbrio soluciona problemas como estresse, retenção de líquido, TPM e depressão, que muitas vezes são a causa do excesso de peso”, diz o especialista.
Os médicos que empregam a dieta dizem que o tempo de tratamento nos casos de emagrecimento varia conforme o estado físico do paciente, mas em casos de pessoas não-obesas, três a quatro meses são suficientes para uma boa perda de peso.
O ponto central da terapia ortomolecular é a busca pelo bem-estar, pela prevenção de doenças. “A função da ortomolecular não é a de combater doenças, mas sim de fortalecer o organismo, para que ele tenha melhores condições de reagir contra males que o acometem. Desta forma, colabora para a melhora dos mais diversos problemas como diabetes, depressão, obesidade, falta de memória, câncer, intoxicações, doenças reumáticas e cardiovasculares”, afirma Dr. Marcos Natividade.
Críticas à Medicina Ortomolecular
A medicina ortomolecular não é reconhecida como especialidade. A resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) 1.499/98, proíbe aos médicos a utilização de práticas terapêuticas não reconhecidas pela comunidade científica, bem como a vinculação de médicos a anúncios referentes a tais métodos e práticas.
Em reportagem publicada, dia 22 de outubro de 2004, no jornal Diário de São Paulo, o colunista Prof. Dr. Joel Rennó Júnior (Doutor em Psiquiatria pela Faculdade de Medicina da USP. Coordenador do Pró-Mulher-Projeto de Atenção à Saúde Mental da Mulher-Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP) faz severas críticas à prática da Medicina Ortomolecular:
“Essa dieta não apresenta nada de novo. Os profissionais recomendam reeducação alimentar, ou seja, comer várias vezes ao dia porções pequenas e pouco calóricas, dando-se preferência a verduras, legumes, frutas e carnes brancas, além dos cereais integrais. Outras interessantes e “inéditas” informações referem-se à restrição de doces, carne vermelha e frituras, além das atividades físicas. Alguma novidade, caros leitores?
Supondo haver uma ingestão insuficiente de vitaminas, sais minerais e proteínas, os ortomoleculares lançam fórmulas com tais complexos, sugerindo que as células precisam de mais energia para o perfeito funcionamento do organismo. Alegam que tal método aumenta a qualidade de vida. Será que pessoas jovens, com alimentação saudável, realmente necessitam de tais complementações?
Esses médicos do regime ortomolecular, observando que grande parte dos seus pacientes obesos são ansiosos ou deprimidos, lançam mão de fórmulas “mágicas” contendo, provavelmente, antidepressivos e ansiolíticos — de forma aleatória —, e alguns, infelizmente, até sem avisar seus pacientes sobre tais recursos terapêuticos. Outros, justificando-se pela necessidade de aderência terapêutica, ainda mantêm os velhos inibidores de apetite no início do tratamento.
Outro fato relevante é que tal método, além de dispendioso, pelo valor das consultas e fórmulas, não possui qualquer comprovação científica. Reitero, aqui, a minha opinião: o Conselho Federal de Medicina deveria exigir maiores explicações de tais profissionais, alguns, infelizmente, beirando o charlatanismo e um marketing grotesco. É ético divulgar tratamentos médicos com exposição pública de pacientes?
Hoje, quando a beleza é perseguida, de forma incessante e até obsessiva, tal dieta tem o único benefício de engordar o bolso de certos ortomoleculares “diet”. Sai mais barato buscar uma orientação com um nutrólogo ou nutricionista e investir na mudança de hábitos de vida, como a prática regular de exercícios. A parte psicológica, tão importante em obesos, também é negligenciada por ortomoleculares especializados em dietas.

O que é a Dieta ou Terapia Ortomolecular?
O termo ORTOMOLECULAR vem do grego ORTHOS que significa normal, direito, correto, e a denominação Medicina Ortomolecular foi proposta por LINUS PAULING, (Prêmio Nobel de Química em 1954 e da Paz em 1962), conhecido mundialmente por seus trabalhos e pela ênfase com que recomenda o uso diário de vitaminas (principalmente a vitamina C) e minerais.
O objetivo da Terapia (Medicina) Ortomolecular é compreender as inter-relações que ocorrem ao nível bioquímico do organismo e assim poder atuar em conformidade com esses próprios mecanismos, harmonizando de maneira global a bioquímica de células, órgãos e sistemas. O reequilíbrio é feito por meio da correção dos mecanismos moleculares fisiológicos (normais), suprindo o organismo com os elementos adequados para essa reordenação, cabendo o papel principal às vitaminas e aos minerais.
Segundo os conceitos da terapia, reeducação alimentar não é suficiente, pois nem sempre o paciente consegue absorver todas as substâncias presentes nos alimentos. “Existem pessoas que não conseguem absorver o cálcio do leite e do queijo, por exemplo. Nesses casos, é preciso buscar outra fonte da substância”, acredita o médico Dr. Marcos Natividade, membro da Sociedade Brasileira de Medicina Biomolecular e Radicais Livres.
Histórico
A Terapia ortomolecular data do início da década de 1950 quando alguns psiquiatras começaram a adicionar doses altas de nutrientes aos seus tratamentos de problemas mentais graves. A substância original era a vitamina B3 (ácido nicotínico ou nicotinamida) e a terapia era denominada "terapia de megavitamina". Mais tarde o regime do tratamento foi expandido para incluir outras vitaminas, minerais, hormônios e dietas, qualquer uma delas pode ser combinada com a terapia medicamentosa convencional e com os tratamentos de eletrochoque. Atualmente cerca de uma centena de médicos norte-americanos usam esta abordagem para tratar uma variedade de distúrbios, tanto mentais como físico
Em que se baseia?
Uma das bases da Terapia Ortomolecular é o combate aos radicais livres (RL), que são quaisquer átomos, moléculas ou íons que possuam um ou mais elétrons livres na sua órbita externa. Estes elétrons têm grande instabilidade química e, mesmo tendo meia vida de frações de segundos, são altamente reativos com qualquer composto próximo, a fim de retirar deste o elétron necessário para sua estabilização, produzindo reações de dano celular em cadeia, e sendo assim chamado de oxidantes.
Embora existam os RL de íons metálicos e de carbono, os principais são os de OXIGÊNIO.
Podemos entender a formação de Radicais Livres pelo nosso organismo em condições normais, pois são necessários no processo de respiração celular que ocorre nas mitocôndrias, a fim de gerar o ATP. Estes também podem ser produzidos pelos macrófagos e neutrófilos contra bactérias e fungos invasores do nosso organismo.
O efeito prejudicial dos RL ocorre quando estão em quantidade excessiva, ultrapassando a capacidade de neutralização dos sistemas enzimáticos do organismo.
Como são neutralizados os RL?
Existem dois sistemas naturais de eliminação de Radicais Livres, que são os chamados “Varredores” (scavengers) de RL, que atuam eliminando-os ou então impedindo sua transformação em produtos mais tóxicos. Esses sistemas podem ser divididos em Enzimáticos e em Não Enzimáticos.
Os sistemas enzimáticos são compostos pelas seguintes enzimas: Glutation-Peroxidase, Catalase, Metionina-Redutase e Superóxido-Dismutase, os quais combatem os seguintes RL: Peróxido de Hidrogênio, Superóxido, Oxigênio Singlet, Ion Hidroxila, Oxido Nítrico e Oxido Nitroso.
Os Antioxidantes Não Enzimáticos, em sua maioria são exógenos, ou seja, necessitam ser absorvidos pela alimentação diária, ou como complementos nutricionais. Os principais podem ser divididos em: Vitamina A, Vitamina E, Beta-caroteno, Vitamina C, Vitaminas do complexo B, os oligoelementos (Zinco, Cobre, Selênio, Magnésio), os bioflavonóides (derivados de plantas).
Terapia Ortomolecular
Investigar deficiências nutricionais do organismo, assim como detectar a presença de metais tóxicos no corpo (que podem ser a causa de determinadas doenças), é o início da terapia ortomolecular. Isto pode ser feito através do Teste do Cabelo (também chamado Mineralograma), que além disso, identifica se há excesso ou carência dos oligoelementos (minerais).
A dosagem de RL pode ser feita por meio de métodos baseados na espectometria de ressonância eletrônica de “spin” e ressonância paramagnética eletrônica, dosagem de MDA (malondialdeído), e métodos indiretos como o HLB, pelo qual numa gota de sangue verifica-se, com auxílio de um microscópio o efeito dos radicais livres na matriz extracelular (agregados proteoglicanos, colágeno, elastina, fibrina), fragmentando-a e produzindo lacunas que serão maiores quanto maior for a quantidade de RL presente.
Os benefícios atribuídos à terapia pelos médicos e adeptos incluem a perda de peso, melhora da pele, dos cabelos e das unhas e ainda as vantagens com relação às dietas de caráter restritivo, que geralmente causam sensações de fome, fraqueza ou irritabilidade. Isso porque muitas vezes associa-se o uso de remédios fitoterápicos na receita. Há fórmulas para aumentar a saciedade ou diminuir o desejo por tipos de alimentos. “O composto garcínia, por exemplo, ajuda a reduzir a compulsão por doces”, garante a médica Sylvana Braga, de São Paulo, que emprega o tratamento.
Como a dieta ortomolecular atua no organismo? (Segundo os médicos que a adotam)
A pele fica viçosa, cabelo e unhas mais fortes. O benefício é atribuído às vitaminas A,E e do complexo B.
Ajuda a prevenir problemas cardíacos ao restringir a ingestão de carne vermelha, rica em gorduras saturadas e também ao restringir frituras, que aumentam o nível de colesterol sanguíneo.
O intestino funciona melhor porque a dieta é rica em cereais integrais, frutas e fibras.
Promove perda de peso devido às refeições pouco calóricas, mas ricas em nutrientes essenciais para o organismo.
Promove diminuição do cansaço e do estresse por meio da reposição de vitaminas, minerais e aminoácidos.
Combate o envelhecimento precoce devido ao consumo de alimentos ricos em antioxidantes, substâncias que atuam contra a degeneração celular.
Alivia a retenção de líquidos ao equilibrar a quantidade de potássio, fósforo e sódio com refeições balanceadas e o consumo de pílulas contendo esses minerais.
A dieta ortomolecular não é milagrosa
Como em qualquer dieta, é preciso disciplina e dedicação. “Os resultados são muito bons, mas dependem muito da pessoa. Não é um tratamento milagroso, o paciente ideal é aquele que já se alimenta adequadamente, pratica exercícios físicos, mas não consegue emagrecer”, acredita Dr. Marcos Natividade.
A perda de peso acontece graças à reeducação alimentar e ao equilíbrio nutricional promovido pelos suplementos. “Esse equilíbrio soluciona problemas como estresse, retenção de líquido, TPM e depressão, que muitas vezes são a causa do excesso de peso”, diz o especialista.
Os médicos que empregam a dieta dizem que o tempo de tratamento nos casos de emagrecimento varia conforme o estado físico do paciente, mas em casos de pessoas não-obesas, três a quatro meses são suficientes para uma boa perda de peso.
O ponto central da terapia ortomolecular é a busca pelo bem-estar, pela prevenção de doenças. “A função da ortomolecular não é a de combater doenças, mas sim de fortalecer o organismo, para que ele tenha melhores condições de reagir contra males que o acometem. Desta forma, colabora para a melhora dos mais diversos problemas como diabetes, depressão, obesidade, falta de memória, câncer, intoxicações, doenças reumáticas e cardiovasculares”, afirma Dr. Marcos Natividade.
Críticas à Medicina Ortomolecular
A medicina ortomolecular não é reconhecida como especialidade. A resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) 1.499/98, proíbe aos médicos a utilização de práticas terapêuticas não reconhecidas pela comunidade científica, bem como a vinculação de médicos a anúncios referentes a tais métodos e práticas.
Em reportagem publicada, dia 22 de outubro de 2004, no jornal Diário de São Paulo, o colunista Prof. Dr. Joel Rennó Júnior (Doutor em Psiquiatria pela Faculdade de Medicina da USP. Coordenador do Pró-Mulher-Projeto de Atenção à Saúde Mental da Mulher-Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP) faz severas críticas à prática da Medicina Ortomolecular:
“Essa dieta não apresenta nada de novo. Os profissionais recomendam reeducação alimentar, ou seja, comer várias vezes ao dia porções pequenas e pouco calóricas, dando-se preferência a verduras, legumes, frutas e carnes brancas, além dos cereais integrais. Outras interessantes e “inéditas” informações referem-se à restrição de doces, carne vermelha e frituras, além das atividades físicas. Alguma novidade, caros leitores?
Supondo haver uma ingestão insuficiente de vitaminas, sais minerais e proteínas, os ortomoleculares lançam fórmulas com tais complexos, sugerindo que as células precisam de mais energia para o perfeito funcionamento do organismo. Alegam que tal método aumenta a qualidade de vida. Será que pessoas jovens, com alimentação saudável, realmente necessitam de tais complementações?
Esses médicos do regime ortomolecular, observando que grande parte dos seus pacientes obesos são ansiosos ou deprimidos, lançam mão de fórmulas “mágicas” contendo, provavelmente, antidepressivos e ansiolíticos — de forma aleatória —, e alguns, infelizmente, até sem avisar seus pacientes sobre tais recursos terapêuticos. Outros, justificando-se pela necessidade de aderência terapêutica, ainda mantêm os velhos inibidores de apetite no início do tratamento.
Outro fato relevante é que tal método, além de dispendioso, pelo valor das consultas e fórmulas, não possui qualquer comprovação científica. Reitero, aqui, a minha opinião: o Conselho Federal de Medicina deveria exigir maiores explicações de tais profissionais, alguns, infelizmente, beirando o charlatanismo e um marketing grotesco. É ético divulgar tratamentos médicos com exposição pública de pacientes?
Hoje, quando a beleza é perseguida, de forma incessante e até obsessiva, tal dieta tem o único benefício de engordar o bolso de certos ortomoleculares “diet”. Sai mais barato buscar uma orientação com um nutrólogo ou nutricionista e investir na mudança de hábitos de vida, como a prática regular de exercícios. A parte psicológica, tão importante em obesos, também é negligenciada por ortomoleculares especializados em dietas.
Fonte: www.enut.ufop.br
Medicina Ortomolecular
Medicina Ortomolecular é o ramo da ciência cujo objetivo primordial é restabelecer o equilíbrio químico do organismo. Este acerto (orto=certo) das moléculas se dá através do uso de substâncias e elementos naturais, sejam vitaminas, minerais, e/ou aminoácidos.
Estes elementos,além de proporcionarem um reequilíbrio bioquímico, combatem os radicais livres. Mas por que o organismo se desequilibra?
Para entendermos como isto se dá, podemos partir de uma analogia. O organismo é uma máquina que está permanentemente se produzindo. Durante este processo de produção podem surgir falhas, seja na chegada de matéria-prima (vitaminas, minerais, etc.), seja na própria integração de todo e qualquer sistema que compõe a máquina.
Estes sistemas devem trabalhar de forma harmoniosa, como uma engrenagem. Estas engrenagens são os sistemas: NEUROENDÓCRINO, PSÍQUICO E IMUNE.
Qualquer falha em algum ponto ou mecanismo desta máquina (ser humano) compromete toda a produção (vida), surgindo os defeitos (doença). Por exemplo: uma pessoa deprimida tem mais chances de apresentar infecções recorrentes, já que uma falha no sistema psíquico leva conseqüentemente a alterações no sistema imune.
Outro fator importante na gênese de várias enfermidades, como artrite e câncer, é a formação de radicais livres. Podemos entendê-los da seguinte forma: o organismo utiliza cerca de 98 a 99% do oxigênio que consumimos para produzir energia. A pequena parcela que sobra (1 a 2%) não participa do processo, formando as espécies tóxicas reativas do oxigênio - os radicais livres. Estes correspondem a átomos ou grupos de átomos com um elétron não emparelhado em sua órbita mais externa, sendo, portanto, muito reativos pois para recuperar o equilíbrio precisam 'doar' o elétron desemparelhado.
Desta forma, combinam avidamente com as várias estruturas celulares do corpo, o que resulta em destruição e, conseqüentemente, em enfermidades. Entre estas podem ser citadas o câncer, osteoartrite, lúpus, enfisema e doenças cardio vasculares.
O Homem está sendo permanentemente submetido a condições que levam ao excesso de radicais livres como, por exemplo, o estresse, o fumo, a poluição, exposições prolongadas ao sol, entre outras.
A Medicina Ortomolecular, através do uso de vitaminas e minerais, objetiva, entre outros, neutralizar os efeitos tóxicos destas espécies reativas, proporcionando uma melhor qualidade de vida. A Medicina Ortomolecular também trata das deficiências de uma série de nutrientes. Sabe-se, por exemplo, que um fumante gasta 25 mg de vitamina C a cada cigarro que consome. Caso esta pessoa fume um maço por dia, estará perdendo 500 mg desta vitamina diariamente.
E, hoje em dia, sabemos os inúmeros benefícios que esta vitamina proporciona, seja no combate a radicais livres, na síntese de hormônios, ou mesmo estimulando o sistema imunológico. Todavia, apesar da medicina ortomolecular ter um sentido curativo, ela também é eminentemente preventiva.
Assim, p. ex.,é possível tratar uma pessoa com estresse antes que ele evolua para uma hipertensão arterial. Da mesma forma, é possível tratar obesidade antes que ela ocasione diabetes.
O mais importante é que com a Medicina Ortomolecular o paciente volta a ser encarado como um todo, um conjunto que deve funcionar em harmonia. Com esta visão global, qualquer tratamento torna-se muito mais vantajoso, pois encontra a origem dos problemas, a verdadeira raiz a partir da qual todo o processo patológico se desenvolve.
Ou ,ainda, voltando à analogia, se encontrarmos o defeito exatamente onde ele origina-se na máquina, é muito mais fácil consertá-la antes que o problema atinja toda a produção, que nada mais é do que a própria vida.
Medicina ortomolecular
O termo ortomolecular provém de duas palavras gregas, orto (equilíbrio) e molecular (das moléculas). A Medicina Ortomolecular tem como objetivo básico compreender as interrelações bioquímicas que ocorrem em nosso organismo e, a partir desse conhecimento, atuar para manter o equilíbrio das moléculas e, de maneira mais global, das células, órgãos e sistemas que o compõem. Linus Pauling, já em 1960, considerava que se pode falar em saúde quando as moléculas de nosso organismo estão em constante equilíbrio. Quando esse equilíbrio é rompido, acarretando uma desorganização molecular, adquirimos as doenças.
A Medicina Ortomolecular está estritamente relacionada ao conceito de radicais livres, sendo o oxigênio, um dos componentes do ar que respiramos, a principal fonte para a sua formação. Os radicais livres acarretam enormes desvantagens para o organismo quando sua produção é aumentada a ponto de superar a capacidade antioxidante natural do próprio organismo. Nessas condições, adversas para o corpo humano, podem ocorrer situações degenerativas crônicas para os tecidos orgânicos.
É importante entender que, para fazer uso dos conceitos da Medicina Ortomolecular, é necessário e obrigatório ao médico um vasto conhecimento da Clínica Médica tradicional, com amplos conhecimentos de Farmacologia, para que possa apreciar as diferenças que existem entre o tratamento convencional e a terapia ortomolecular havendo, algumas vezes, necessidade de associá-las para o bom êxito do tratamento.
Dentro dos conceitos de terapia ortomolecular, o equilíbrio metabólico é feito pela correções dos mecanismos moleculares fisiológicos, suprindo-se o organismo com elementos adequados para uma reordenação bioquímica, tendo papel principal as vitaminas, os minerais, os aminoácidos, os ácidos graxos essenciais e, quando necessários, alguns hormônios.
Esses mesmos elementos, empregados no tratamento de várias doenças, são considerados medicamentos ortomoleculares por serem substâncias que participam obrigatoriamente do organismo humano sendo, portanto, oferecidos como matéria prima que o organismo utiliza para suas necessidades básicas.
O médico que pratica essa terapêutica (que deve ser feita de forma direcionada, através da análise mineralógica dos cabelos e exames complementares laboratoriais e/ou radiológicos) está, certamente, contribuindo para evitar a produção excessiva de radicais livres, diminuindo o consumo abusivo de medicamentos tóxicos para o ser humano (antibióticos, corticóides, etc ) e, com isso, fazendo a prevenção das doenças degenerativas crônicas, o que certamente irá proporcionar mais saúde e um envelhecer com melhor qualidade.
Fonte: www.planetanatural.com.br
O termo ortomolecular provém de duas palavras gregas, orto (equilíbrio) e molecular (das moléculas). A Medicina Ortomolecular tem como objetivo básico compreender as interrelações bioquímicas que ocorrem em nosso organismo e, a partir desse conhecimento, atuar para manter o equilíbrio das moléculas e, de maneira mais global, das células, órgãos e sistemas que o compõem. Linus Pauling, já em 1960, considerava que se pode falar em saúde quando as moléculas de nosso organismo estão em constante equilíbrio. Quando esse equilíbrio é rompido, acarretando uma desorganização molecular, adquirimos as doenças.
A Medicina Ortomolecular está estritamente relacionada ao conceito de radicais livres, sendo o oxigênio, um dos componentes do ar que respiramos, a principal fonte para a sua formação. Os radicais livres acarretam enormes desvantagens para o organismo quando sua produção é aumentada a ponto de superar a capacidade antioxidante natural do próprio organismo. Nessas condições, adversas para o corpo humano, podem ocorrer situações degenerativas crônicas para os tecidos orgânicos.
É importante entender que, para fazer uso dos conceitos da Medicina Ortomolecular, é necessário e obrigatório ao médico um vasto conhecimento da Clínica Médica tradicional, com amplos conhecimentos de Farmacologia, para que possa apreciar as diferenças que existem entre o tratamento convencional e a terapia ortomolecular havendo, algumas vezes, necessidade de associá-las para o bom êxito do tratamento.
Dentro dos conceitos de terapia ortomolecular, o equilíbrio metabólico é feito pela correções dos mecanismos moleculares fisiológicos, suprindo-se o organismo com elementos adequados para uma reordenação bioquímica, tendo papel principal as vitaminas, os minerais, os aminoácidos, os ácidos graxos essenciais e, quando necessários, alguns hormônios.
Esses mesmos elementos, empregados no tratamento de várias doenças, são considerados medicamentos ortomoleculares por serem substâncias que participam obrigatoriamente do organismo humano sendo, portanto, oferecidos como matéria prima que o organismo utiliza para suas necessidades básicas.
O médico que pratica essa terapêutica (que deve ser feita de forma direcionada, através da análise mineralógica dos cabelos e exames complementares laboratoriais e/ou radiológicos) está, certamente, contribuindo para evitar a produção excessiva de radicais livres, diminuindo o consumo abusivo de medicamentos tóxicos para o ser humano (antibióticos, corticóides, etc) e, com isso, fazendo a prevenção das doenças degenerativas crônicas, o que certamente irá proporcionar mais saúde e um envelhecer com melhor qualidade.

Medicina Ortomolecular
A Medicina Ortomolecular foi desenvolvida pelo laureado cientista Linus Pauling, vencedor de 2 prêmios Nobel. O tratamento consiste em combater a formação de radicais livres, considerados “vilões” do processo de envelhecimento por causarem a destruição precoce das membranas celulares e, conseqüentemente, o desenvolvimento de doenças degenerativas. O estresse, o sedentarismo e a poluição são os principais responsáveis pela formação excessiva desses radicais.
Grande parte das ocupações dos leitos hospitalares, das aposentadorias precoces, da mortalidade por causa desconhecidas ou complicadas, das cardiopatias e outras doenças degenerativas decorre de deficiências nutricionais prolongadas que poderiam ser evitadas com a reposição equilibrada de minerais.
É de fundamental importância que a pessoa passe em consulta com médico especialista para fazer exames específicos e fazer a reposição correta dos minerais. Nunca faça reposição mineral por conta própria, pois pode ser prejudicial a sua saúde.
Infelizmente eu sempre vejo entrevistas com alguns médicos e nutricionistas afirmando que as frutas, verduras e legumes tem tudo o que precisamos para reposição diária de vitaminas e minerais. Bem quando eles fazem esta afirmação eles esquecem de dizer que nós precisaríamos ingerir “bacias” destes vegetais para conseguirmos repor o mínimo de nutrientes para a manutenção da nossa saúde, o que é impraticável. Nós temos a cada dia o nosso alimento mais pobre em vitaminas e minerais e mais ricos em metais tóxicos provenientes de pesticidas e agrotóxicos que são terríveis a nossa saúde.
Definciência dos minerais
Cálcio
Cãibras; Bruxismo; Queda de Cabelos; Unhas frágeis e quebradiças; Dentes frágeis e cáries frequentes; Síndrome de pernas inquietas; Insônia; Arritmias cardíacas e Palpitações; Osteoporose e Alteração da coagulação.
Magnésio
Tremores musculares; Cãibras; Zumbidos; Tendência para intestino preso; Bruxismo; Parestesias de MMSS e II principalmente pela manhã; Arritmias e Palpitações.
Zinco
Acne; Letargia; Apatia; Diminuição da memória e concentração; Dificuldade de concentração; Queda de cabelos; Unhas frágeis, quebradiças e com mancha branca; Diminuição do Olfato, Paladar e Audição; Zumbidos; Dificuldade de Ereção; Oligospermia; Irregularidades Menstruais.
Cobre
Dores Articulares; Fraqueza Muscular; Fadiga Fácil; Edema nos Tornozelos e Pulsos; Queda de Cabelos.
Potássio
Polidipsia; Apatia; Letargia; Cansaço fácil; Arritmias cardíacas e palpitações; Tendência a intestino preso; Alteração do turgor da pele; Cãibras.
Ferro
Fadiga fácil; Cansaço; Anêmia hipocrômica; Edema de tornozelos que piora com a posição ortostática durante o dia; Cefaléia; Tonturas; Queilite; Taquicardia e Palpitação.
Manganês
Andar cambaleante; Deficiência de coordenação motora; Perda de equilíbrio; Diminuição da audição.
Cromo
Alteração do metabolismo dos carbohidratos; Sudorese noturna; Sono agitado com pesadelos; Pânico e fobias; Diminuição da capacidade de concentração e memorização; Extremidades trêmulas e frias; Dor de cabeça tipo enxaqueca.
Selênio
Fraqueza muscular; mialgias; Queda de cabelos; Dermatites de pele e couro cabeludo; Dermatomicoses; Monilíase vaginal; Micoses de repetição com aumento da frequência de dermatite seborréica.
Iodo
Aumento do peso corporal; Fadiga; Cansaço fácil; Apatia; Embotamento; Pele seca e áspera; Massa ou nódulo em mamas; Bócio ou massa palpável em tireóide.
Fósforo
Diminuição da memória, Atenção e Concentração; Fadiga e cansaço fácil; Perda de iniciativa(desiste fácil); Respiração curta com dificuldade; Edema de tornozelos; Dores articulares com limitação funcional.
Lítio
Depressão; Insônia; Dores musculares tensionais; Aumento dos sintomas da menopausa.
Metais pesados tóxicos
O inimigo oculto da sua saúde.
Você com certeza já ouviu falar em mercúrio, chumbo, alumínio e arsênico, mas, você sabia que eles estão presentes no seu dia-dia e podem provocar vários tipos de doenças? E que são chamados de metais pesados tóxicos? Pois é, estas substâncias provocam um envenenamento silencioso no nosso organismo.
A vida moderna e industrialização nos trazem muito conforto e comodidade, porém também trazem substâncias nocivas a nossa saúde e que se acumulam gradualmente nos nossos tecidos provocando vários tipos de doenças. Os metais pesados são elementos que não devemos ter no organismo, nem mesmo em quantidades mínimas, pois levam, em curto prazo a sintomas sub-clínicos ( não característicos de uma doença determinada ) dificultando o seu diagnóstico, e a longo prazo, podem levar a doenças graves, que variam de acordo com o metal intoxicante.
Dentre as condições e doenças provocadas pela contaminação destes metais tóxicos podemos citar: Dores de cabeça, osteoporose, insônia, irritabilidade, infertilidade, depressão, perda de memória, fadiga crônica, dores musculares e articulares.
Quando são absorvidos pelo nosso organismo estes metais levam entre 20 e 30 anos para serem eliminados, porém para nossa sorte existem substâncias chamadas quelantes que retiram estes tóxicos do nosso organismo.
Medicina Ortomolecular
Conceito
ORTOMOLECULAR = MOLÉCULAS CERTAS, EQUILIBRADAS

A Medicina Ortomolecular baseia-se em um enorme paradoxo: a vida é um processo de combustão. O oxigênio, crucial para a existência, é também tóxico para as células.
Ao respirarmos, parte do oxigênio consumido, obrigatoriamente, é transformado em radicais livres - moléculas instáveis que podem lesar, via oxidação, todas as macromoléculas da célula.
Alimentação inadequada, fumo, álcool, radiação, poluição, metais de transição e tóxicos, também contribuem para a geração de radicais livres que, em excesso, superam os mecanismos de defesa naturais das células e provocam o estresse oxidativo, onde milhões de células são danificadas e perdem sua função.
Nascem, então as doenças.
O objetivo da Medicina Ortomolecular é justamente reverter este desequilíbrio molecular, através de suplementação vitamínica, micronutrientes, oligoelementos e antioxidantes sintéticos, tanto por via oral, quanto parenteral e endovenosa. Ganha, então, status de Medicina Preventiva, onde a maior preocupação é administrar a saúde e buscar prolongar a vida saudável e produtiva.
PAULO ROBERTO SILVEIRA
Enviado por PAULO ROBERTO SILVEIRA em 14/06/2009
Alterado em 06/08/2009
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