DR. PAULO ROBERTO SILVEIRA

VIVO DE AJUDAR AS PESSOAS  A AMENIZAREM  OS SOFRIMENTOS  DO CORPO E DA ALMA.

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ENTREVISTA COM DR PAULO ROBERTO SILVEIRA SOBRE EXPERIENCIA FORA DO CORPO
ENTREVISTA COM DR PAULO ROBERTO SILVEIRA SOBRE EXPERIENCIA FORA DO CORPO POR  MARCO ANTONIO COUTINHO




  O Dr Paulo Roberto Silveira é médico neuropsiquiatra.  Já há alguns  anos tenho mantido com ele algumas  conversas a respeito dos fenômenos psíquicos e contado com sua mente aberta de verdadeiro cientista.  Ao contrário da maioria de seus colegas, que vêem as EFCs como uma ilusões, alucinações ou mecanismo de defesa puramente psicológico, ele aceita a possibilidade de a consciência humana realmente abandonar o corpo nessa ocasião.  “Se há pouco mais de cem anos, ninguém acreditava que ondas de rádio poderiam estar fluindo em torno de nós, ou ondas luminosas invisíveis, por que não poderia a consciência humana manifestar fenômenos aparentemente misterioso, mas reais?”, diz ele. Interessante assinalar que o Dr. Paulo Silveira já arriscava hipóteses a respeito das áreas cerebrais e da configuração de ondas cerebrais responsáveis pela experiência fora do corpo, bem antes da divulgação do famoso artigo do Dr. Olaf Blanke, em 2002, que provocou uma EFC mediante manipulação cerebral de uma paciente portadora de um tipo de epilepsia. O Dr. Silveira já avaliava que a experiência fora do corpo (possivelmente uma saída real, na sua opinião), pode ser uma manifestação epilética. Mas adianta que isto não significa que as EFCs sejam necessariamente sintomas de uma patologia. “Não há estudos suficientes que possibilitem negar ou confirmar isto”, diz, “O que podemos dizer é que a viagem astral é uma alteração diferenciada das ondas cerebrais.” Eis as declarações do Dr. Paulo Silveira sobre as possíveis características dos projetores:
Na minha opinião, essas possibilidades existem em todas as pessoas. Mas apenas algumas encontram-se em condições de desenvolvê-las. Seria preciso organizar estudos para avaliar quais são as diferenças que fazem algumas desenvolveram isto e outras não. No entanto, dentre os meus clientes, aqueles que relatam experiências fora do corpo, que dizem ser capazes de realizar isto, têm, todos, alterações importantes, do ponto de vista encefalográfico. Falando mais diretamente, são portadores de epilepsia temporal parcial complexa. Todos eles. Então é uma possibilidade de a experiência fora do corpo ser uma manifestação epileptiforme. Seria interessante conduzir estudos nesse sentido. Pra ver se, realmente, as pessoas que saem do corpo têm epilepsia temporal ou não. É o que tenho observado, mas precisaríamos de muito estudo e de muita experimentação para verificar se isto procede ou não
No que diz respeito à questão do perigo que poderia haver para as pessoas que realizam ou tentam realizar as experiências fora do copo, ele é taxativo:
De uma maneira mais geral, eu diria que não há nenhum perigo. Ao que parece, ela é uma característica pouco conhecida de determinados estágios do sono. No entanto, devemos ainda investigar melhor o que seria o trabalho com EFCs de pessoas que têm afetada a sua integridade psíquica. No caso dos paciente esquizofrênicos, eles talvez não fizessem muita diferença entre eventuais EFCs e outros estados habituais de crise. Se, por um lado, isto poderia ser perfeitamente integrado aos problemas já existentes, por outro levá-los a ficar mais confusos. Poderia agravar suas sensações de desrealização, consequentemente agravando também a patologia em si. Portanto, a princípio, acredito que as práticas e exercícios para as EFCs deveriam ser evitadas para as pessoas com quadros esquizofrênicos. Um caso patológico. Já para os bipolares, ou os que padecem de ansiedade – que também são casos psiquiátricos – a experiência de saída do corpo talvez fosse até uma coisa positiva. Uma vez esclarecidos de que o fato de se verem fora do corpo não significa loucura, para eles deveriam ser ainda mais estudadas. Mas é importante assinalar que , de meus pacientes que relataram experiências fora do corpo, nenhum é um caso psiquiátrico. Não sei se há algum mecanismo de defesa nestes últimos, que os impeça de viver as EFCs, ou se eles não retêm na memória experiências fora do corpo que porventura tenham vivido.


O fato é que aqueles que relataram ter saído de seus corpos, são todos pacientes que recebem tratamento neurológico. Nenhum deles é paciente psquiátrico. Nenhum. Então há realmente uma possibilidade de a experiência fora do corpo ser uma manifestação epileptiforme. Seria interessante conduzir estudos nesse sentido. Para ver se, realmente, as pessoas que saem do corpo têm epilepsia temporal ou não. É o que tenho observado, mas precisaríamos de muito estudo e de muita experimentação para verificar se isto procede ou não.

PAULO ROBERTO SILVEIRA
Enviado por PAULO ROBERTO SILVEIRA em 18/09/2010
Alterado em 18/09/2010
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