DR. PAULO ROBERTO SILVEIRA

VIVO DE AJUDAR AS PESSOAS  A AMENIZAREM  OS SOFRIMENTOS  DO CORPO E DA ALMA.

Meu Diário
25/08/2009 20h52
A TERÇA FEIRA GORDA ( AMOR DE CARNAVAL)
Em pleno carnaval dos idos dos anos 70, estava com 19 anos e com muita disposição, e, para variar pouco dinheiro, mas, como sou brasileiro e não desisto nunca, consegui um tempo de férias , para uma semana na terra onde sempre me dou bem, estou falando do carnaval do Sul de Minas, onde meus avos e tios e primos tem residencia fixa naquela epoca pois hoje todos , moram em São Jose dos Campos, SP, trata-se da cidade de São Sebastião do Campo Verde. Cidade pacífica,famosa pela sua água mineral, sua comída típica, com seu povo ordeiro e trabalhador e suas mulheres... Há ... as mulheres!.Reunidos na única praça central uma multidão se acotovelam, pois alem dos nativos a cidade recebia visitantes de outras cercanias, que eram denominados de veranistas, pois o carnaval da cidade é muito animado e famoso por todo aquele sertão de meu Deus.
Já logo no primeiro dia, tinha bebido todas e estava num cordão de bloco de sujos, quando avistei pela primeira vez a criatura dos meus sonhos! Rapaz, é muita areia para o meu caminhão, ela estava parada no canto da praça, vestia uma fantasia de dark, mini saia de couro preta e justa deixando todas aquelas formosa pernas e coxas de fora , com uma blusa de malha tambem preta deixando ver os contornos dos seios fartos e duros. Era clara com olhos misteriosos, e longos cabelos negros e com uma maquiagem bem feita que a favorecia na idade, mas pelos vistos ja passava dos trinta. Epolgado e cheio de disposição tomei-a pela cintura e suavemente fui conduzindo-a para o centro da praça onde a festa rolava solta ao som das musicas tipicas da epoca. Ela permetia todos os tipos de intimidades menos os finalmentes, isso me levava a loucura. Perguntei aos meus primos se eles conheciam aquela belezura e a resposta era negativa,devia ser alguma criatura de fora, pois ninguem a tinha visto antes. Quando a noite estava para terminar , exaustos de dançar e de nos acariciar e tudo mais, pedi para acompanhá-la a sua casa, o que, prontamente aceitou mas com uma condição: - Só ate determinado ponto, onde então seguiria só.
Prontamente aceitei, e , conforme combinado , eu a acompanhei ao local onde seria a sua residencia, tratava-se de um bairro no centro da cidade, com um subida ingreme e cansativa para quem não estava acostumado,    que teminava no cruzeiro da cidade. O acordo foi cumprido, levei-a ate o meio do caminho onde entre abraços e beijos, quase fomos aos finalmente, mas ela com doçura me continha e com um beijo apaixonado de despedida, nos separamos, ficando eu, só, oberservado ela subindo e desaparecendo no nevoeiro, frio e humido comum naquela região montanhosa, encravada num vale cercado pela serra das águas.
Não precisa nem falar que todos os dias de carnaval nos encontramos e sempre era aquela loucura, e não me conformando em não saber dos antecedentes dessa misteriosa dama, pedi ao Pudim de Pinxe, um misto de armário e guindaste que passasse um pente fino no pedaço e o resultado foi negativo, ele percorreu o local que eu indicara ser mais ou menos a moradia da criatura, mas sempre o resultado era o mesmo, ninguem sabia de nada. Só tinha um jeito, eu deveria por mim mesmo confirmar onde morava a minha dama de preto.
E no útimo dia de carnaval, ao levá-la a casa , eu iria tomando coragem e desrespeitando o trato, iri atras dela de qualquer jeito, pois estava em plena forma física e um tiro de corrida seria fácil para mim. Seria possivel que eu iria de qualquer jeito descobrir o segredo tão bem guardado, pois ninguem da cidade que eu perguntei nada sabia sobre ela, de onde vinha e para onde ia, muito menos onde morava.
 Naquela madrugada do ultimo dia de carnaval , no local de costume, ao me despedir,notei em seus olhos um misto de paixão, tristeza e saudade, como se estivessemos nos despedindo para sempre e entre abraços e beijos percebi súbitamente, que não sabia nem o nome, quando acrabunhado perguntei : Como te chamas ? Ela riu e disse : Eu sou : a flor do amanhã, o orvalho da noite, pode me chamar de...AMOR e quando ela ja estava desaparecendo no alto da colina, no nevoeiro da madrugada eu dei uma corrida, e num estante estava la no alto bem perto dela... mas não havia ninguem ... nem casas... nem.. nada... só o cruzeiro da cidade...e o silêncio... então entedi tudo pois observando uma pequena cruz ao pe do cruzeiro estava a inscrição : A. AMOR, NASCIDA 22 DE MARÇO DE 1825 E MORTA EM 1850 ... A TIROS EM PLENA TERÇA FEIRA DE CARNAVAL... A TERÇA FEIRA GORDA! ASSASSINADA...POR UM DESCONHECIDO...NUMA CRISE DE CIUMES....
Fiquei paralizado, sem entender nada, minha cabeça rodava, e incrédulo matutavo comigo mesmo, isso não pode estar acontecendo comigo, isto é um sonho e devo acordar a qualquer momento, então ao me aproximar , vi uma foto desbotada e antiga. Pude então perceber ser a mesma pessoa, que havia me proporcionado uns dos melhores carnavais da minha vida... 
 

Publicado por PAULO ROBERTO SILVEIRA em 25/08/2009 às 20h52
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